quarta-feira, 18 de junho de 2008

REFERENCIADOR DA MENTIRA

Eu, referenciador da mentira
Eduardo Alexandre

E surge o terceiro candidato. Também da base aliada do governo Lula, do governo Wilma: Wóber, para disputar com Fátima e Micarla quem da base aliada vai governar Natal.
Outros candidatos nem parecem existir. O PSOL não terá candidato? Nem o PSTU?
Joanilson é candidato? Miguel Mossoró é candidato?
Nas páginas, o importante agora é saber para onde vão João Maia e Robinson Faria. E tem gente esperando gestos.
E a sucessão na Intendência jerimum parece não cativar a população, como se existisse um vácuo de candidatos.
Os apresentados pelas cúpulas partidárias não agradaram aos eleitores. Os eleitores, sem chamarem a si o comando de fato do jogo político, referendam a mentira republicana.
No dia aprazado, vamos estar lá nas urnas, referendando a “democracia” que vivemos.
Que democracia é esta? É a democracia do mando do capital. Manda o poder do dinheiro que erige o poder.
Hoje, como ontem, mas em mais larga escala de desmedimento, o voto é vilipendiado, o líder é peça de uso, parlamentares, executivos, resultados jurídicos, partidos são comprados.
É a democracia dos interesses grupais subordinados a altos interesses financeiros, que a tudo e a todos controla e compra, domina.
Eu, cá, elemento bobo, acredito que o meu voto é sagrado. Que a democracia existe... um dia virá!

terça-feira, 17 de junho de 2008

SUCESSÃO NA INTENDÊNCIA



A democracia socialista de Natal
Aquiles Paulo Pereira

O PSB vinha preparando Rogério Marinho para ser candidato a prefeito da cidade. Rogério era apoiado pelo grupo político da governadora e inclusive se elegera deputado federal com esse apoio.

Começa-se a falar das eleições de 2008 e candidaturas. O PT sai primeiro. Bate o pé e diz que o candidato da base aliada do governo Lula deve ser do PT.

Entabulam-se conversações, surgem pressões e um vai vai a Brasília, para se discutir Natal.

Conversas com o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB), com o atual prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB), com a governadora Wilma (PSB).

Carlos se achava no direito de comandar o processo de sua sucessão. E foi o emissário da notícia da decisão articulada em Brasília: PT, PSB e PMDB vão se coligar em Natal e o cabeça de chapa vai vir do PT, ao qual compete indicar o nome.

Tratorada lulista, estarrecimento político em Natal.

Rogério, pré-candidato que até bem pouco tinha como certo o apoio da governadora, não aceita o acórdão da capital federal.

O PT lança o nome de Fátima.

O prefeito tinha a intenção de fazer seu sucessor. Uma pessoa dele.

A governadora queria um candidato que fosse do seu partido. Uma pessoa sua.

Saíram constrangidos do acordo, mas valeu a força da tinta da caneta presidencial: firmaram a coligação, mesmo engasgados com o sapo que haviam de engolir.

Rogério vinha comandando um processo de formação de novos filiados ao PSB. E firma que vai disputar na convenção do partido a sua indicação como candidato a prefeito de Natal.

A governadora chama para si a disputa com Rogério. O PSB vai, sim, apoiar Fátima Bezerra, do PT.

E começa a guerra jurídica na tentativa de se derrubar, na convenção do PSB, os votos dos seus novos filiados, supostamente muita gente ligada a Rogério Marinho, que comandou o processo de filiação.

E marca-se uma convenção sem tempo e espaço hábeis para uma boa condução de disputa democrática.

E ocorrem novas disputas jurídicas, que levam a convenção a espaço mais apropriado e elastecido o horário de votação dos filiados.

De todos os filiados?

Não. Aos novos filiados do PSB não foi dado o direito de votar.

E assim o processo de sucessão na Intendência Poti se inicia, sem que os da aldeia algo digam, apenas assistam o que as cúpulas partidárias determinam.

Fátima, candidata de Lula, da governadora, do presidente do Senado e do prefeito que sai deve ter como principal adversária a jornalista Micarla de Souza, do PV, e pode também encarar mais um cacareco das bandas de Mossoró.

Seria bem merecido.




Quando um não quer, dois não brigam
Rogério Marinho
Em matéria de Tribuna do Norte

Nossa posição é a do partido. Caso eu não suba no palanque da deputada Fátima Bezerra, não subirei em palanque nenhum. Eu acho que o gesto agora cabe a quem venceu. Caso eu tivesse vencido, amanhã mesmo estaria procurando a governadora, o prefeito Carlos Eduardo, para unir o partido. Vou conversar com meu grupo e aguardar o posicionamento das pessoas que venceram.Eu lamento porque essas pessoas (os novos filiados ao PSB), foram publicamente chamadas para ingressarem no partido, fizeram suas filiações à luz da sociedade, e essas filiações foram atacadas judicialmente porque não eram mais de interesse de algumas lideranças do partido.

A minha expectativa sempre foi de ganhar entre os antigos ou novos. Eu apenas achava que por uma questão de direito ou de justiça os filiados que foram convidados a ingressar no partido não tinham porque ter o seu direito subtraído porque não era mais conveniente.Em nenhum momento eu levei essa disputa para o campo pessoal. E quando um não quer, dois não brigam. Se da parte da governadora há alguma mágoa, a recíproca não é verdadeira. Nunca levei essa questão para o campo pessoal. Apenas lutei pelo direito de pensar diferente, de divergir. Por esse direito eu pago qualquer preço.


Eles podiam me oferecer tudo
Filtro da vergonha


Rogério Marinho
Em matéria de Jussara Correia, do Diário de Natal

Nesses 40 dias, quando me perguntaram qual a força que me fazia ir a diante, mesmo não tendo do meu lado os poderosos, eu respondo: obrigado Dickson, obrigado Adenúbio e Salatiel. Isso aqui é um filtro que retém as impurezas. Quem ficou aqui tem vergonha na cara. Nós somos esse partido, e eles querem impedir porque não é conveniente para eles. Hoje quando eu cheguei me perguntaram se eu era candidato de mim mesmo e o prefeito certa vez disse isso também. Mas hoje ele vai entender que eu sou candidato do PSB. Com muito respeito, serenidade, paz e cabeça erguida estamos aqui, não nos escondemos e estamos firmes.

Eles podiam me oferecer tudo, mas eu não podia trair vocês. Essa candidatura não pertence a mim. Eu era abordado nas ruas e as pessoas me pediam para eu resistir, pelo futuro da cidade. Não tem sido fácil, mas vocês são a representação de que a candidatura não é de Rogério Marinho, é de vocês. Nós tivemos que ir à justiça para pedir a ampliação do horário de votação, a mudança de local e pedir que os novos filiados pudessem votar.

Mas a notícia que eu recebi agora é que não poderão. Então, quem quiser voltar para suas casas, pode ficar à vontade, mas eu vou ficar aqui até o fim. Peço àqueles que podem votar que o façam. Esse momento é muito mais forte e por cima de nós ninguém passa. Eu nunca vou esquecer desse momento, Nunca vou esquecer o que eu senti. Vamos dar uma lição naqueles que se acham donos da consciência dos outros. Vamos da uma lição de democracia''.



Caso Lauro
Entrevista de Wilma de Faria
Ao Diário de Natal


Quero me colocar como chefe do executivo estadual. A primeira coisa que eu determinei foi que os meus secretários de Saúde desde a época do início da investigação, tanto Ruy Pereira quanto Adelmaro Cavalcanti, amanhã (hoje) concedam entrevista coletiva à imprensa explicando tudo o que aconteceu com relação a esse processo de higienização e limpeza. Eles vão, naturalmente, falar a respeito das licitações, preço, tudo o que for necessário esclarecer. Nosso governo é transparente, aberto, eu sou uma pessoa de classe média, consegui romper os grilhões nesse estado e ser a primeira mulher governadora, continuo a ser uma pessoa de classe média, tenho compromisso com a ética, tenho compromisso com as mudanças e vou continuar com esse compromisso.

Com relação ao meu filho, achei que houve um ato de muita violência porque ele tem endereço certo, as pessoas que estão ali têm endereço certo, poderiam ter sido chamadas a depor sem nenhum problema e eu naturalmente espero como mãe e cidadã, a sua inocência.

Eu sempre tenho momentos difíceis na minha vida pública. A minha vida pública sempre foi assim. A cada momento, a cada passo que eu dou, são passos difíceis. Porque eu sempre quero o caminho mais certo. E o caminho mais certo é o mais difícil.

Vou passar a semana trabalhando inaugurando obras. Vou inaugurar a estrada de Maxaranguape, vou inaugurar a estrada de Areia Branca a Porto do Mangue, vou inaugurar a Ilha de Sant’Ana, em Caicó, vou continuar trabalhando. Amanhã tenho que assinar em Brasília dois contratos do Banco Mundial. Vou continuar trabalhando normalmente. Porque a minha dor e a minha preocupação em relação ao fato existem, evidente, eu sou de carne e osso. Mas eu vou continuar cumprindo o meu dever como governadora.

A mudança do secretariado vai sair nesta semana.