terça-feira, 9 de setembro de 2008


Decepada Rua da Palha
Eduardo Alexandre


É chão
O centro da memória

Todos os fantasmas
Que descansavam entre aquelas paredes
Perambularão agora
Por aqueles becos
Que cismam ficar

Voltarão a Nasi
Ao Potiguarânia
Deixarão um dedo de prosa em Odete

Do sax do velho Mainha
Ouvirão saudosos
Doces acordes de uma praieira a cantar

Climatizado
Virá o magazine
Asséptico
No coração da cidade de plástico
Sem alma



Rico poder
Eduardo Alexandre

Não voto mais no PT.
Não voto em Lula e tudo o que hoje envolve e representa sua política.
Nele votei e vesti a camisa do partido.
Saber que sua primeira eleição foi um embuste eleitoral, com compra de coronéis e partidos; que quem elegemos pagava a parlamentares votos favoráveis a projetos que meses antes eram combatidos fere a dignidade da República, avilta a verdade democrática do voto livre.

Todo o jogo sujo da política suja brasileira, Lula e o PT abarcaram, tomaram para si.
Não voto em quem assume e defende vitórias a qualquer custo.
O poder hoje é esse poder do grampo que atinge o Supremo, do dinheiro na cueca, da compra – sabe-se lá com dinheiro ou política de qual origem - de muitos e outros, de mais e mais podres poderes. Cruciais. Ricos poderes.