segunda-feira, 20 de junho de 2011

40 LADRÕES ME CONTEMPLAM


DA BACIA DAS ALMAS
JORNAL DE WM
TRIBUNA DO NORTE, 19 JUNHO 2011

No meio da semana cai na bacia das almas um bilhete de Florentino Vereda dando conta de uma passagem rápida por Natal e se desculpando por não ter tido tempo para um papo na Ribeira, apesar da vontade danada de rever o mestre Gaspar na calçada famosa do Cova da Onça. Estava fazendo uma baldeação (vinha do Tocantins) para o Arquipélago do Cabo Verde e a TAP só lhe tinha dado cinco horas de trânsito, mal dava para chegar em Lagoa Nova e pegar na casa de certo parente um livro de Luiz Romano que fala sobre os escritores cabo-verdianos, entre eles o Manoel Lopes, também poeta, uma de suas leituras preferidas ("E porque o teu coração encerra / a saudade do mar e a saudade da terra / - tua ilha é grande"). Na volta da África (iria até ao continente) marcaria um encontro na Bella Napoli. Gostaria de conhecer o poeta Volontê "e outros artistas natalenses".

No bilhete, Vereda encaminha um texto que escrevera na véspera de vir para Natal, na noite friorenta que se derramava pelo Jalapão. Fala sobre a Copa do Mundo e um sonho que tivera nos cerrados. Vai na íntegra:

"Meu caro Woden:

Bom leitor que você é, certamente já leu 'A interpretação dos sonhos', de Sigmund Freud - que não entendia de churrascos nem de maracutaias, mas conhecia bem as desumanidades da mente humana. Pois bem: semana passada tive um sonho grotesco que - se me permite - gostaria de comentar agora.

Final da Copa de 2014. Por razões que só os sonhos podem explicar, jogam em Natal, as seleções do Irã e dos Estados Unidos. Natal está prestes de presenciar um acontecimento histórico, que poderá definir para sempre o conflito milenar entre muçulmanos e cristãos.

Antes do jogo, desfiles e alegorias dignas de Joãozinho Trinta, que nada tem a ver com um parente ilustre que compõem as hostes governistas locais. Desfiles alegóricos, lembrando fatos históricos desta brava terra de Poty. Motoboys ensanguentados e mutilados distribuem, aos espectadores, as pizzas cozinhadas em fornos das câmaras e assembleias legislativas. Pela passarela do Carnatal desfilam blocos multicores: verdes, vermelhos, rosados e outras tantas cores que ofuscam os olhares extasiados do público amontoado nas arquibancadas.

Há gente de todas as espécies: enfermos que, em macas e cadeiras de roda, abandonaram as filas dos hospitais; adolescentes - quase crianças - que deixaram os sinais onde ganham e perdem avida; funcionários públicos que interromperam as greves intermináveis e inexplicáveis. Palhaços, saltimbancos e malabaristas representam o povo em geral. Ninguém quer perder o espetáculo. Sapos barbudos cospem na plateia, em atitude de escárnio e desprezo.

Na preliminar jogam os times das penitenciárias de Alcaçuz e de Mossoró, que são estrepitosamente ovacionadas pelos seus fãs, lobistas que vieram de Brasília para torcer por seus times e seus ídolos e garantir a sua parte no butim. De repente, milhões de borboletas verdes - com as asas manchadas de rosa - passam esvoaçando sobre o novíssimo estádio, são atacadas por esquadrões de "aedes egypti" e somem dentro dos buracos que não puderam ser tapados por falta de recursos, todos desviados para a obra faraônica.

Embora o tempo regulamentar já se tenha se esgotado, o juiz não se decide a encerrar a partida. A bola continua a correr e os jogadores querem a sua parte. Cada gol marcado é multiplicado por vinte, sem que se consiga explicar o motivo.

Cada minuto a mais representa alguns milhões de dólares, mostrados no placar eletrônico, para delírio da torcida, que não se apercebe que os seus bolsos estão ficando mais vazios.

Terminado o jogo, foguetões explodem, mas, ao invés de luzes, muito sangue derramado, misturado ao leite roubado da merenda escolar. Em lugar dos estrondos retumbantes, choros de crianças mal nascidas, abandonadas nas ruas, cujo destino não passará dos semáforos da Prudente de Morais ou das calçadas da Roberto Freire. A pólvora queimada cheira a crack e oxi, consumindo os cérebros carcomidos dos adolescentes, outrora conhecidos como 'futuro da pátria'.

Mas aí já é tarde, Inês é morta e o show deve continuar.

A FIFA não pode faltar com os inúmeros compromissos assumidos.

E eu, então, acordei com o barulho da implosão do Machadão, em cujo terreno serão sepultados o bom senso e a decência. Na lápide, uma frase singela: 'Do alto desta arena quarenta ladrões me contemplam'.

Um abraço sonolento de seu admirador,

Florentino Vereda"



"Confio mais em Natal do que vocês"

Anna Ruth Dantas - Repórter
TRIBUNA DO NORTE, 19 JUNHO 2011

Presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014 e presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira é contundente ao afirmar que Natal não corre risco de deixar de ser sede do mundial. No entanto, enquanto dá essa garantia, ele também pondera que a ampliação do aeroporto e as obras de mobilidade urbana são fundamentais para a realização do campeonato.

Cautela de um lado, ao não querer revelar qual a cidade sede que ele aposta como revelação da Copa, crítica do outro: para o presidente do Comitê organizador falta o natalense acreditar mais na cidade.

Ele admite que a capital potiguar está com as obras atrasadas, mas revela que estão dentro do calendário. Ricardo Teixeira tenta demonstrar tranqüilidade no fato de Natal cumprir o calendário definido pela Federação Internacional de Futebol. "Nosso projeto (do Comitê Organizador) aponta que Natal ficará pronta para Copa com facilidade. O estádio de Natal não é um estádio dos enormes. Não é estádio de abertura e não é estádio de fechamento", comenta

Aos críticos do estádio Arena das Dunas, Ricardo Teixeira demonstra otimismo não apenas com a obra, mas com o futuro do esporte potiguar. "Acho que é um projeto (do Arena das Dunas) do tamanho de vocês, não está exagerado. Veja que vocês têm um time que é o ABC que está numa boa posição no campeonato da série B e daqui a pouco estará na primeira divisão, se Deus quiser", destaca.

Na passagem por Natal para participar do seminário sobre a Copa do Mundo de 2014, Ricardo Teixeira concedeu uma entrevista exclusiva a TRIBUNA DO NORTE. No hangar reservado aos jatinhos particulares, o presidente do Comitê Organizador da Copa, pouco antes de embarcar, respondeu as minhas perguntas. Uma conversa onde demonstrou estar a vontade. Trouxe respostas incisivas, em outras evasivas, mas foi muito direto ao rebater os críticos sobre a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Sua argumentação foi toda voltada para mostrar que a Copa não é gasto, mas investimento.

"A Copa não obriga a fazer nenhum investimento extra, obriga a fazer investimentos que já tinham de ser feitos e foram antecipados tendo em vista uma data fixada que você tem para estarem com as coisas funcionando. (A Copa) É a antecipação de projeto. Não tem gasto. O holandês que veio (a Natal) para jogar ele vai levar a ponte, o viaduto, o hotel, o hospital, vai levar estrada? Tudo isso vai ficar", justifica.

Para a exclusiva Teixeira fez apenas uma exigência: não gostaria de falar sobre as recentes denúncias envolvendo a eleição da Fifa.

Confira a entrevista:

Ainda corre risco de Natal não ser sede da Copa do Mundo de 2014?

Não corre risco. Se falou muito sobre esse assunto. Falaram que as 12 cidades foram escolhidas para chegar a dez, depois disseram que na realidade não eram dez eram oito. Mas ninguém nunca ouviu nada do Comitê Organizador. Natal está dentro da Copa do Mundo, tenho convicção absoluta que eles (os organizadores em Natal) irão fazer todo projeto, vocês já tiveram lá (em Brasília) reunião com a presidenta da República, já estão recebendo dotação, já está tudo iniciado. Agora a governadora, no seminário que eu estava (na última sexta-feira), me disse que está em dia. Todo processo que nós temos de acompanhamento no Comitê Organizador já disse que Natal está no prazo.

O que há de concreto na informação de que a Copa no Brasil terá dez sedes e não 12 como foram selecionadas?

Nunca aconteceu (essa informação). Isso nunca foi motivo de conversa. Nunca existiu.

O senhor tem conhecimento que a demolição do estádio Machadão gerou e gera muito polêmica. Qual a avaliação do senhor sobre essa forma ou esse método usado pelo governo do Estado para erguer o estádio que sediará a Copa do Mundo em Natal?

Nós não fazemos esse tipo de análise. Isso é próprio do Governo, eles que decidiram a melhor maneira de construir o novo estádio conforme exigência da Fifa. Foi assim nas outras 11 cidades. Nós não interferimos no modo de fazer. O Maracanã está sendo todo modulado conforme o Governo do Estado quer. São Paulo conforme o Corinthians quer. O Rio Grande do Sul conforme o Internacional quer. Cada local tem o direito de fazer da melhor maneira que ele considera mais econômica e mais factível para fazer a operação. Nós não intervimos nisso.

Os críticos da realização da Copa do Mundo em Natal costumam dizer que a cidade vai investir R$ 400 milhões em um estádio para sediar três jogos de seleções menores. O que o senhor tem a dizer para essas pessoas?


Qual deles (dos críticos) participam do Comitê Organizador para já saber quem vai jogar em Natal? Eu não sei, como ele sabe? Ele (o que critica a Copa em Natal) é tão mal informado que só vamos saber o nome das seleções em dezembro de 2013 quando houver o grande sorteio dos países classificados. Pergunta a esse genial qual o país que já está classificado sem ser o Brasil que ele conhece.

Como será o critério para definir as seleções que jogarão em quais sedes?

Você cria em cada sede uma grande seleção e terá no mínimo quatro jogos de Copa do Mundo.

Estádio Arena das Dunas. O senhor conhece o projeto. Qual a análise do senhor sobre esse projeto?

Acho que é um projeto do tamanho de vocês. De forma que eu acho que vocês têm todo potencial de ter grandes equipes aqui. Aí vamos ficar discutindo aqui o ovo e a galinha. Você não faz estádio porque não tem time. Você não tem time porque não tem estádio. E depois tem outra: segundo ouvi no seminário (realizado sexta-feira sobre a Copa do Mundo de 2014 em Natal), você disse que irão gastar R$ 400 milhões para construir o estádio, que será financiado pelo BNDES, mas a prefeita (de Natal, Micarla de Sousa) informou publicamente lá (no seminário) que já tem alocado para a cidade de Natal o dobro, R$ 800 milhões para novos projetos de infraestrutura. Quer dizer ela (Micarla de Sousa) já está tendo um superávit de R$ 400 milhões em obras, além do que ela vai gastar que vai ser de alguma forma em conseqüência da Copa do Mundo.

O governo federal vem demonstrando uma preocupação muito grande sobre os aeroportos das cidades sedes da Copa do Mundo de 2014. Natal tem o aeroporto de São Gonçalo, em obras, e o Augusto Severo, que ainda será reformado. Até que ponto a questão dos aeroportos pode entravar a realização da Copa do Mundo?

Entravar não vai entravar. Tenho convicção absoluta que a presidenta está muito preocupada com a questão do aeroporto. Tenho dito aeroporto é uma grande preocupação, aeroporto tem que ser modificado sim. Se você parar para raciocinar a vocação de todo Nordeste e de vocês de Natal é turismo. Se vocês tem turismo vocês precisam de duas coisas fundamentais: de aeroporto e estrada e de rede hoteleira.

Aeroporto é fundamental para Copa?

Aeroportos são fundamentais principalmente nos grandes centros que são entrada no Brasil. Em São Paulo e Rio de Janeiro é imprescindível que os aeroportos estejam preparados para permitir o grande fluxo de grandes movimentos que virão para Copa do Mundo.

O Brasil está preparado para sediar a Copa de 2014?

Se tivesse seria um milagre porque não tinha nenhum país do mundo que sediou a Copa que estivesse preparado três anos antes. Eu me lembro que fui a Alemanha no sorteio e o Brasil ficou numa cidade chamada Leipzig. E nesse sorteio a seleção brasileira ficou no hotel que os quartos eram ínfimos e não tinham ar condicionado no verão. A Alemanha estava preparada a seis meses da Copa? Não, não estava.

E sua expectativa é que o Brasil esteja preparado quando para a Copa de 2014?

Aqueles que vão fazer a Copa das Confederações têm que estar preparados em janeiro de 2013. Vamos nos lembrar também que na Copa de Alemanha um dos estádios que o Brasil jogou caiu o teto. A Alemanha não estava preparada.

Mas as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014 deverão estar preparadas quando?

Em dezembro de 2013.

O senhor não está sendo muito otimista para uma cidade como Natal?

Não. Pelo nosso projeto lá (no Comitê Organizador) Natal ficará pronta para Copa com facilidade. O estádio de Natal não é um estádio dos enormes. Não é estádio de abertura e não é estádio de fechamento. Vocês têm que ter confiança na cidade de vocês. Confio mais em Natal do que vocês. Eu fui o cara que mais brigou para ter Natal na Copa. Tenho certeza como Natal vai fazer a Copa e eu venho assistir aqui o primeiro jogo a se realizar em Natal.

O senhor disse que foi quem mais brigou para Natal ser sede da Copa. Então o que lhe motivou a entrar nessa briga por Natal?

Olha, Natal foi a cidade em que eu vi a maior soma de esforços políticos para trazer a Copa. Quando nós viemos aqui com a Fifa estavam lá senador, deputado federal, deputado estadual, governador. Todas as facções de tudo quanto é lado. Henrique (o deputado federal Henrique Eduardo Alves) de um lado, o José (senador José Agripino Maia) do outro lado, o Fábio (deputado federal Fábio Faria) do outro lado. Mas todos brigando por Natal. Não vi isso em nenhuma outra cidade.

Há algo que possa inviabilizar ou eliminar alguma dessas 12 cidades sedes?

Por enquanto não.

Mas o que poderia levar a isso?

Se não fizer o estádio não tem jogo. Todos os estádios já iniciaram. A mais atrasada é São Paulo. Vocês já estão com o projeto pronto, já está aprovado o projeto, vocês estão com a prefeita dizendo que já conseguiu projetos de R$ 800 milhões para investir na infraestrutura. Está dando certo. Mas se você raciocinar obra de estádio é o tipo da obra que no início é muito feio e não mostra nada. Você sabe hoje em dia como faz (um estádio)? O Maracanã por exemplo todo mundo diz que não levanta. Eu não sou engenheiro, mas hoje em dia o teto, por exemplo, a cobertura fica no chão, pronta, depois que está pronta ela sobe por máquinas que levantam. A impressão é horrível. Você estará começando a ver apenas quando levantar. Agora é só destruição. Você liga lá na televisão e está derrubando o estádio do Ceará. Aí o cara diz: derrubou o estádio! Início de obra é feio mesmo.

Recentemente a imprensa nacional divulgou matéria de que o estádio na Cidade do Cabo, erguido para a Copa do Mundo de 2014 é apontado como "elefante branco". O senhor teme ou acredita que alguns desses estádios erguidos ou reformados poderão se tornar elefantes brancos?

Qual o primeiro esporte da África do Sul? Não é o futebol. O primeiro esporte do Brasil qual é disparado? O futebol.

O senhor não tem medo de surgirem elefantes brancos pós-Copa no Brasil?

Não tenho medo nenhum. Você acha que não vai ter utilização para o Maracanã? Não vai ter utilização para o Corinthians? Não vai ter utilização para o campo do Internacional?

E vai ter uso para o Arena das Dunas?

Por que você se situa só no local? Você só terá um estádio em Natal, um bom estádio. É esse o das Dunas.

Por esse raciocínio do senhor, sobre a questão da África não ter o futebol como primeiro esporte, então seria interessante os países que não tem o futebol como primeiro esporte sediarem a Copa?

Não tem nada. Veja o seguinte. Na África melhoraram os aeroportos. Outro dia vi reportagem grande na Globo do que aconteceu na África do Sul, evolução que teve em aeroporto, desemprego voltou, mas várias outras coisas evoluíram, o turismo evoluiu.

Isso tudo a custa da subutilização dos estádios, que tiveram grandes investimentos.

Você teve bons resultados para o país de qualquer maneira. Tem obra que só será construída com a Copa. Faço uma pergunta muito simples: será que vocês teriam esses mais de R$ 800 milhões em obras se não tivesse Copa em Natal? Não teriam. Não teria razão de ser.

A Copa então é a redenção?

Não digo que é a redenção. Mas digo que ela propicia que várias obras que são imprescindíveis foram antecipadas em função da Copa. Eu lhe pergunto: alguém tem dúvida que precisavam mexer nos aeroportos? Todo mundo tem certeza que precisava, mas por que tem a pressa? Por causa da Copa. A realidade é a seguinte, a Copa não obriga a fazer nenhum investimento extra, obriga a fazer investimentos que já tinham de ser feitos e foram antecipados tendo em vista uma data fixada que você tem para estarem com as coisas funcionando. É a antecipação de projeto. Não tem gasto. O holandês que veio aqui para jogar ele vai levar a ponte, o viaduto, o hotel, o hospital, vai levar estrada? Tudo isso vai ficar.

Como o senhor tem acompanhado a situação do estádio de São Paulo?

Eu tenho estado muito lá. A cidade que eu mais tenho ido é São Paulo. Eu sinto que agora eles têm caminhado mais na parte, os projetos da Prefeitura já estão aprovados, agora é iniciar a obra. Mas eles já perderam o direito de fazer Copa das Confederações, por exemplo.

Há risco de São Paulo ficar fora da sede da Copa de 2014?

Não acredito. Acho que seria um absurdo.

Mas há risco ou não?

Aí vou ser mineiro: o futuro a Deus pertence. Não sei se estarei vivo na Copa.

Qual a importância das obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014? Elas também são fundamentais?

Acho que elas são em algumas cidades fundamentais. Mas elas são mais fundamentais para o legado. Você há de convir comigo isso. Ontem (quinta-feira) quando eu cheguei aqui (em Natal) já pegamos engarrafamento para poder chegar no hotel. Hoje no Brasil inteiro é um engarrafamento só.

Se o senhor tivesse que apostar em alguma cidade sede como revelação para Copa de 2014. Qual seria?

Nas 12 cidades.

Qual é a preocupação do Comitê Organizador da Copa nesse momento para realizar esse sonho dos brasileiros?

Minha preocupação continua sendo aeroporto e infraestrutura. Essa preocupação não é minha é da presidenta da República que reuniu, há uma semana, todos os governadores, todos os prefeitos e prefeitas, para discutir o assunto. Acho que é fundamental.

Para os gestores que estão a frente do projeto da Copa do Mundo de 2014 em Natal qual conselho o senhor diria nesse momento?

Que continuem trabalhando firme para está tudo pronto em 2014 para a gente vir aqui de novo.

O senhor admite que a cidade de Natal está atrasada pelo fato de só agora o estádio começar a ser demolido?

Em relação a algumas cidades está, mas não é de relevância porque está dentro do prazo.

E para os natalenses o que o senhor diria, para aquelas pessoas que estão aguardando a Copa?

Quero parabenizar os natalenses pela qualidade dos políticos que têm.

Surpreende sua declaração, porque os políticos daqui são alvos de muitas críticas.

E você conhece alguém que chuta cachorro morto?

Eu não. O senhor conhece?

Não. Veja o seguinte, você teve o Fábio (deputado federal Fábio Faria) o tempo todo trabalhando por isso, a prefeita (Micarla de Sousa) o tempo todo, o Henrique (deputado federal Henrique Alves) o tempo todo, teve José Agripino (senador). Quando vocês tiveram o problema aqui que não apareceu ninguém para fazer a construção (caso de quando a licitação foi deserta), foram todos lá no Rio de Janeiro.

E para o natalense descrente da Copa do Mundo em Natal o que diz o presidente do Comitê Organizador?

Que não seja descrente. Confie no país dele e na cidade dele. A gente tem que evitar só nós sermos os grandes críticos do Brasil. O mundo acredita no Brasil. O mundo tem coragem de dar a Copa do Mundo para o Brasil e alguns segmentos não têm coragem de receber a Copa. Quem está errado quem deu ou quem não quer receber?

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