UM TRISTE ADEUS
Cypriano Maribondo
Chegou o dia do nosso triste adeus
Ao eterno Poema de Concreto Potiguar.
A ganância e a arrogância dos políticos
Resolveram ao MACHADÃO assassinar.
Não deram para ele nenhuma chance.
Sequer ouviram o nosso Dr. Moacir.
Não consultaram os milhões de potiguar,
Apenas o governo resolveu demolir.
Assim que a cruel sentença for executada,
O Esporte de Natal vai perder a sua história.
A beleza do Machadão, por todos, cantada
Ao cair, vai levar consigo, toda a sua glória.
Dos memoráveis tempos de alegrias e tristezas,
Com estádio cheio nos clássicos do nosso futebol,
Onde ABC, AMÉRICA e ALECRIM reinaram,
As bandeiras das torcidas brilhavam como o sol.
Dizem os defensores deste hediondo crime
Para haver Copa era necessária sua demolição.
Será construída a bela Arena das Dunas.
Um elefante branco, sem história, sem coração.
Tenho certeza que a Arena jamais receberá
Do torcedor Potiguar, sua paixão e seu amor.
Todos são fieis ao Poema de Concreto,
Contra a Copa que o Machadão derrubou.
Copa em NATAL é uma grande brincadeira:
Queremos salário, segurança, saúde e educação.
Mas o ego gigante dos nossos governantes
Só pensam em gastar milhões com ostentação.
Para que se gastar tanto, com esta Arena
Que de nada vai servir ao povo Potiguar.
São apenas três jogos para tanto dinheiro.
E eternamente fechada a Arena vai ficar.
Onde vão jogar o América e o Alecrim?
A Arena das Dunas vai ser particular.
Além de caro o aluguel que será cobrado,
O preço dos ingressos nós não podemos pagar.
Infelizmente será para nós “um triste adeus”
As saudades do Machadão nós vamos guardar.
Como protesto, jamais iremos, a Arena das Dunas.
Nosso Poema de Concreto, ela não substituirá!
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