terça-feira, 7 de junho de 2011

O ASSASSINATO DO MACHADÃO

Foto: Rodrigo Sena TN

UM TRISTE ADEUS

Cypriano Maribondo


Chegou o dia do nosso triste adeus

Ao eterno Poema de Concreto Potiguar.

A ganância e a arrogância dos políticos

Resolveram ao MACHADÃO assassinar.


Não deram para ele nenhuma chance.

Sequer ouviram o nosso Dr. Moacir.

Não consultaram os milhões de potiguar,

Apenas o governo resolveu demolir.


Assim que a cruel sentença for executada,

O Esporte de Natal vai perder a sua história.

A beleza do Machadão, por todos, cantada

Ao cair, vai levar consigo, toda a sua glória.


Dos memoráveis tempos de alegrias e tristezas,

Com estádio cheio nos clássicos do nosso futebol,

Onde ABC, AMÉRICA e ALECRIM reinaram,

As bandeiras das torcidas brilhavam como o sol.


Dizem os defensores deste hediondo crime

Para haver Copa era necessária sua demolição.

Será construída a bela Arena das Dunas.

Um elefante branco, sem história, sem coração.


Tenho certeza que a Arena jamais receberá

Do torcedor Potiguar, sua paixão e seu amor.

Todos são fieis ao Poema de Concreto,

Contra a Copa que o Machadão derrubou.


Copa em NATAL é uma grande brincadeira:

Queremos salário, segurança, saúde e educação.

Mas o ego gigante dos nossos governantes

Só pensam em gastar milhões com ostentação.


Para que se gastar tanto, com esta Arena

Que de nada vai servir ao povo Potiguar.

São apenas três jogos para tanto dinheiro.

E eternamente fechada a Arena vai ficar.


Onde vão jogar o América e o Alecrim?

A Arena das Dunas vai ser particular.

Além de caro o aluguel que será cobrado,

O preço dos ingressos nós não podemos pagar.


Infelizmente será para nós “um triste adeus”

As saudades do Machadão nós vamos guardar.

Como protesto, jamais iremos, a Arena das Dunas.

Nosso Poema de Concreto, ela não substituirá!

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