ELES NÃO DERRUBARAM, DERRUBARAM?
Eduardo Alexandre
Desde os tempos que nossa gente se encantava com a beleza da Pracinha;
desmatava a direita do Caminho da Saúde; bebia lá no É Nosso, ponto final do
bonde que descia a Ladeira do Morcego até a praia das areias pretas, desde 1913; Natal sonhava ter um ginásio coberto para a prática de quadra de esportes amadores.
Sylvio Pedroza tem tudo a ver com tudo isso.
Foi, talvez, o maior prefeito/governador desta cidade/estado.
Nomeado prefeito, se elegeu vice-governador e assumiu o governo por morte do governador Dix-Sept, falecido no começo do governo, em acidente aéreo, em Alagoas. 1951.
Sylvio construiu o Instituto de Educação, depois Atheneu, e, depois, atrás dele, o ginásio que a cidade sonhava.
E outro sonho havia. O de levar os embates do Juvenal Lamartine a um estádio maior, moderno, mais confortável.
Como o desporto era um assunto de todo dia e de todas as horas na cidade, Grande Ponto fervilhando, e a prática amadorística crescia de maneira intensa, o RN se destacando em campeonatos nacionais de basquete e futebol de salão, Djalma Maranhão, ele, professor de educação física, boxeador, campeão de regatas, anos depois, atendendo apelos de que o ginásio deixado por Sylvio já era pequeno, construiu o Palácio dos Esportes "da Pracinha".
Não derrubou o ginásio do Atheneu.
Quando Agnelo Alves decidiu pela construção do hoje Machadão, não mandou demolir o velho e obsoleto Juvenal Lamartine, décadas de 30, 40, 50 e 60 mandando ver memoráveis disputas de campeonatos estaduais, disputas regionais, nacionais.
Quando o Ginásio Humberto Nesi foi inaugurado, o Palácio dos Esportes e o Ginásio Sylvio Pedroza ainda continuavam ali, nos sopés do Belo Monte, Petrópolis.
Nada foi demolido.
Modernidade é a preservação da História. Destruir suas marcas, um crime de abandono ao futuro.
MARCHA EM DEFESA DO MACHADÃO
SÁBADO, 14 DE MAIO DE 2011
A PARTIR DAS 14 HORAS
NO ESPAÇO CULTURAL PAPA JOÃO PAULO II - PAPÓDROMO
CONTATO: Eduardo Alexandre - 9606-9450
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