segunda-feira, 16 de maio de 2011

MARCHA FÚNEBRE EM DEFESA DO MACHADÃO

TRISTEZA
MANIFESTAÇÃO CONTRA A DEMOLIÇÃO DO MACHADÃO ATRAI POUCAS
PESSOAS, MAS É MARCADA PELA EMOÇÃO DO “PAI” DO ESTÁDIO

RAFAEL DUARTE
DO NOVO JORNAL
Foto: Humberto Sales

A tarde de sábado tinha tudo para marcar a resistência dos natalenses que não aceitam o fato de que para construir um estádio com os padrões exigidos pela Fifa seja necessário derrubar um patrimônio do Estado. Mas não foi.

Nenhum político, nenhuma personalidade, nenhuma autoridade.

A chuva que poderia justificar as ausências de quem se diz contra a demolição foi só mais um ator num cenário chapliniano que deve virar pó daqui a alguns dias.

“As pessoas que têm convicção dos seus ideais não deixariam de vir por causa de uma chuva”, comentou o arquiteto diante de um parente que tentou responsabilizar o pé d´água pela pouca quantidade de gente.

Pelas ausências sentidas e a própria tristeza presente nos discursos ao microfone, o clima deixou a manifestação com jeito de marcha fúnebre.

“Não sei se vou morrer no dia da demolição. Obrigado por essa homenagem
que vocês estão me prestando embora seja um pouco fúnebre. A sensação é de que estou perdendo o filho mais querido da minha vida profissional”, disse emocionado Moacir Gomes.

Matéria no Novo Jornal: http://www.novojornal.jor.br/edicaododia/Caderno_02.pdf


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