28/05/2011 09h39 - Atualizado em 28/05/2011 09h39
Ministro britânico pede suspensão de eleição presidencial na Fifa
Pleito está marcado para a próxima quarta-feira, na Suíça. Além de Joseph Blatter, que busca reeleição, qatari Mohammed bin Hammam quer o cargo
Joseph Blatter, atual presidente da Fifa, concorre à
reeleição na entidade (Foto: EFE)
O ministro de esportes do Reino Unido, Hugh Robertson, pediu a suspensão das eleições a presidente da Fifa devido ao escândalo de corrupção que, segundo ele, transformou a campanha em "uma farsa". As declarações do político foram divulgadas pela imprensa inglesa.
O suíço Joseph Blatter, atual presidente da Fifa e candidato à reeleição, e o qatari Mohammed bin Hammam, que também concorre ao cargo, terão de dar explicações ao comitê de ética da entidade neste domingo, apenas três dias antes da eleição, prevista para a próxima quarta-feira.
Na última quarta-feira, a Fifa anunciou que seu comitê de ética tinha aberto um procedimento disciplinar para investigar a suspeita de violação do código por parte do vice-presidente da entidade máxima do futebol, Jack Warner, e de Mohammed bin Hammam.
Dois dias depois, uma denúncia apresentada por Mohammed bin Hammam, membro do comitê executivo da Fifa e rival de Blatter nesta campanha, obrigou a abertura de outro procedimento disciplinar, neste caso contra o atual presidente.
- A campanha para a eleição presidencial se degradou a uma farsa. Com os dois candidatos acusados de corrupção, tudo indica que a eleição deveria ser suspensa - disse Robertson, que pediu transparência nos organismos desportivos.
Ele destacou que "deve haver uma mudança pelo bem do mundo do futebol" e, para isso, fez uma comparação com o novo regulamento adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) após o escândalo de subornos nos Jogos de Inverno de Salt Lake City, em 1999.
- A Fifa precisa urgentemente de uma reforma, igual a do COI após Salt Lake City - advertiu o ministro britânico.
O escândalo de 12 anos atrás veio à tona quando se descobriu que a candidatura de Salt Lake City para os Jogos de Inverno de 2002 tinha destinado US$ 1 milhão (R$ 16 milhões) em privilégios a membros do COI e suas famílias como favorecimento.
- Não vejo como se vai a desenvolver um processo de eleição com ambos os candidatos acusados de corrupção. Seria um processo sem sentido. Há um desejo de tentar, trabalhar e mudar a Fifa de dentro. Se a Fifa demonstra que é incapaz de fazer isso, então me atreveria a dizer que todas as opções são possíveis - analisou o ministro.
Suíça já estuda intervenção na Fifa
Parlamento do país define prazo para que órgão, mergulhado em denúncias, se submeta a auditorias, e projeto de lei vai exigir governança transparente
27 de maio de 2011GENEBRA - Em meio a um tiroteio pré-eleitoral que opõe o atual presidente, Joseph Blatter, e Mohamed Bin Hammam, seu adversário no pleito de quarta-feira, a Fifa sofreu nesta quinta-feira um duro golpe.
Tradicionalmente alheias ao que ocorre na principal entidade esportiva do planeta, autoridades suíças (onde o órgão tem sede física) anunciaram formas de poder intervir na federação para tornar sua gestão mais transparente.
O Parlamento Suíço deu prazo até dezembro deste ano para que a Fifa reformule suas regras e passe a aceitar auditorias externas. "Está na hora de todos seguirem as mesmas leis", afirmou Roland Buchel, deputado suíço.
A senadora Geraldine Savary ainda apresentou ao governo uma proposta de lei para obrigar as organizações esportivas sediadas na Suíça (o que inclui o Comitê Olímpico Internacional) a publicarem suas contas e serem transparentes. "Não há como continuar desse jeito", afirmou.
A Administração de Finanças da Suíça advertiu, em nota à Fifa, que o fato de a entidade contar com benefícios fiscais no país não pode ser pretexto para praticar evasão fiscal, um dos crimes em que pesam suspeitas sobre a entidade. Em poucos meses, um terço dos 24 membros do Comitê Executivo da Fifa foi acusado de corrupção - houve suspensões.
Eleição. Acusado de pagar subornos para obter votos para a escolha do Catar como sede do Mundial 2022, Mohamed Bin Hammam pediu nesta quinta-feira investigação na Fifa contra Blatter, alegando que ele sabia das supostas propinas e não se opôs.
Na véspera, a Fifa abrira um processo para investigar o único rival do atual presidente na eleição. "Há um plano para forçar a retirada de minha candidatura", afirmou Bin Hamman, que nega envolvimento no caso.
Porém o Estado obteve informações de que as provas apresentadas contra ele mostram o oferecimento de US$ 2 milhões (R$ 3,22 milhões) às federações do Caribe e América Central. Blatter e seu rival se encontram domingo no Comitê de Ética da Fifa.
Na quinta, parlamentares ingleses que conduzem uma CPI do futebol pediram o cancelamento das eleições se Bin Hammam for punido. "Deve haver uma nova eleição e novos candidatos devem ser autorizados a se apresentar", afirmou o deputado Damian Collins, membro da CPI.
Fifa anuncia abertura de investigação sobre próprio presidente
Inquérito sobre Joseph Blatter foi pedido por candidato rival à presidência da entidade, Mohamed bin Hammam, que também é alvo de investigação
27 de maio de 2011A Fifa, entidade que comanda o futebol mundial, anunciou nesta sexta-feira a abertura de uma nova investigação sobre a suposta quebra do código de ética da organização contra o seu próprio presidente, Joseph Blatter.
Arnd Wiegmann/Reuters - 9/5/2011
Na quarta-feira, a Fifa havia anunciado a abertura de um procedimento semelhante contra o rival de Blatter na disputa pela presidência da entidade na eleição programada para o dia 1.º de junho, Mohamed bin Hammam.
A investigação contra Blatter foi pedida pelo próprio Bin Hammam, que alegou que as acusações contra ele que motivaram a abertura da investigação nesta semana já haviam sido informadas anteriormente ao presidente da Fifa, que não teria manifestado objeções.
O alvo do inquérito aberto no comitê de ética da Fifa é o suposto pagamento a delegados da Fifa que participaram de uma reunião no início de maio em Trinidad e Tobago, convocada conjuntamente por Bin Hammam, presidente da Confederação Asiática de Futebol, e por Jack Warner, presidente da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte e do Caribe) e vice-presidente da Fifa.
"As acusações incluem declarações segundo as quais Blatter (...) foi informado, mas não se opôs a pagamentos supostamente feitos a integrantes da Federação de Futebol do Caribe", afirmou Hammam.
Platini elogia investigação da Fifa a Blatter
27 de maio de 201O presidente da Uefa, Michel Platini, elogiou a decisão da Fifa de investigar seu próprio mandatário, Joseph Blatter, fato que foi anunciado pela entidade que dirige o futebol mundial nesta sexta-feira. Ele foi convocado a participar de uma audiência neste domingo e será interrogado pelo Comitê de Ética da Fifa, três dias antes de disputar a eleição para estender o seu mandato em uma disputa direta contra Mohamed bin Hammam.
"É um momento muito interessante", declarou Platini, que também é um dos vice-presidentes da Fifa e considerado um dos possíveis sucessores de Blatter na presidência da entidade no futuro.
Hammam também responderá a inquérito neste domingo, depois de ser acusado pelo integrante do Comitê Executivo da Fifa Chuck Blazer de oferecer pagamentos por votos na eleição da Fifa a integrantes da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).
No entanto, de acordo com o relatório de Blazer, o vice-presidente da entidade caribenha, Jack Warner, teria informado Blatter com antecedência sobre esses pagamentos e o presidente da Fifa não teria tomado nenhuma atitude em relação ao caso.
"Estamos passando por uns dias raros, estes próximos dias, devido a isso (acusações) e às eleições", opinou Platini, que está em Londres para acompanhar a decisão da Liga dos Campeões da Europa entre Manchester United e Barcelona, neste sábado.
Perguntado se aceitaria algum tipo de suborno, o ex-meia francês afirmou ser "incorrupto". "Nunca nem tentaram. As pessoas sabem quem é corrupto, quem pode ser corrompido", declarou o dirigente, antes de afirmar não saber se a Fifa é corrupta. "Vamos ver as evidências", concluiu.
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