quinta-feira, 19 de maio de 2011

Irresponsabilidade, descaso, ignorância, estupidez, ato rude e grosseiro!


"... a absurda destruição do “Machadão”! Trata-se de um dos atos mais insanos que a minha geração assiste! Acrescento: irresponsabilidade, descaso, ignorância, estupidez, ato rude e grosseiro! Uma grande boçalidade! Meu vocabulário é insuficiente para caracterizar o que significa destruir 'o poema de concreto'."

Boçalidade, covardia, acomodação!
Eleika Bezerra
Novo Jornal, 19 de maio de 2011

Pensei em escrever sobre o discutido livro “Por uma vida melhor”, adotado pelo MEC e pleno de erros de português. “Combater o preconceito lingüístico” - dizem os seus defensores. Sobre o assunto, a jornalista Sheyla Azevedo, sempre competente, aborda em seu artigo semanal no Novo Jornal - “Querem alunos ingnorantes”. Senti-me contemplada. A língua pátria agradece.

Decidi concentrar os meus escritos sobre os estádios Juvenal Lamartine, Machadão e o arquiteto Moacyr Gomes.

Fui vizinha do “Juvenal” durante parte da minha existência.

Ele, há alguns anos, escapou de dar lugar a espigões. Discutiu-se a idéia de permutar a área e deslocar o estádio para a zona Norte da Capital. Lembram-se? Alguns defenderam que se o estádio não mais atendia aos seus objetivos, ali se assegurasse uma área verde para Natal! Ainda é tempo!

O velho estádio, agora, aparece como uma alternativa em decorrência da absurda destruição do “Machadão”! Trata-se de um dos atos mais insanos que a minha geração assiste! Acrescento:

irresponsabilidade, descaso, ignorância, estupidez, ato rude e grosseiro! Uma grande boçalidade! Meu vocabulário é insuficiente para caracterizar o que significa destruir “o poema de concreto”- expressão do governador Cortez Pereira.

É importante se esclarecer que nada contra o futebol; a favor do bom senso, sim!

Poucas vozes se ouviram contra a destruição! Dentre elas, a de Moacyr Gomes – pioneiro em avanços na arquitetura da nossa cidade. O Machadão é a sua principal obra! Imaginemos - se para os que “têm algum juízo”, a destruição do “Machadão” tem um significado; o que se dizer em relação àquele que o concebeu e acompanhou a sua execução?

Fiquei contrariada por não ter enfrentado a chuva e comparecido naquela tarde de sábado para dar o “abraço ao Machadão”.

Havia combinado com uma amiga irmos até lá. Mas, aquela mania de nordestino de não enfrentar os dias de chuva me fez não comparecer ao ato.

Quero deixar o registro da admiração pela luta de Moacyr Gomes no sentido de preservar “o poema de concreto”. Tenho convicção de que a sua brava postura será reconhecida.

Afinal, a atitude boa ou má fica sempre da parte de quem a toma!

Moacyr não está só! Muitos pensam como ele. Poucos se manifestam!

É possível que certas ambições, a covardia, a boçalidade (ignorância presunçosa) e a acomodação expliquem “o fim do Machadão”!

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